O deputado estadual Carlos Geilson (PSDB) criticou o secretário de Cultura, Jorge Portugal, pelo artigo publicado no Jornal A Tarde. De acordo com o parlamentar, o professor e secretário agiu com intolerância e ódio quando defendeu o assassinato de Michel Temer como a única forma para afastá-lo da Presidência da República. “Já manifestei dessa tribuna meu desejo de ver Michel Temer fora da Presidência da República. Defendo também que o meu partido, o PSDB, entregue os ministérios que ocupa no governo dele se afaste imediatamente. Mas repudio veementemente qualquer incitação de violência, seja a Temer, seja a qualquer outro político ou cidadão brasileiro”, frisou Geilson. O deputado citou a passagem em que Jorge Portugal pergunta, no artigo: “Cadê o Gabrilo Princip brasileiro”? Gabrilo Princip foi um estudante anarquista sérvio que matou a tiros o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e sua esposa, Sofia, num episódio que contribuiu para a eclosão da Primeira Guerra Mundial. “E é uma versão brasileira desse personagem que o professor Jorge Portugal aponta como saída para a crise política que enfrentamos”, criticou. Geilson disse que acredita que Temer não mais reúne condições morais, éticas e políticas para continuar à frente do governo, tantas são as irregularidades das quais é acusado. No entanto, cita o professor Francisco Foot Hardman, do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, em entrevista ao Estadão que disse: “A intolerância é a antessala da violência e a violência é a negação da política”.