Em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal, o vereador Edvaldo Lima (PP) se mostrou contrário a viabilização de recursos públicos para realização de eventos como carnaval e micareta em cidades brasileiras, sobretudo em Feira de Santana. O pepista defende mais investimentos para a saúde, educação e segurança pública. “Na terça-feira passada, eu me pronunciei aqui falando sobre o prefeito do Rio de Janeiro, que tinha cortado as verbas para o carnaval daquela cidade. E agora eu trago uma boa notícia para o Brasil e, principalmente, para a Bahia e Feira de Santana: 78% dos cariocas aprovaram a retirada da verba para o carnaval, a fim de que ela seja aplicada na saúde, educação e na segurança do Rio de Janeiro”, disse o edil. Ele informou que, em consonância com a iniciativa de Marcelo Crivella (PRB), o prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB), já anunciou que reduzirá os repasses da Prefeitura para o carnaval do ano que vem, tanto da festa de rua quanto do desfile das escolas de samba da cidade. “E a população está aplaudindo”, afirmou Edvaldo, acreditando que essa atitude dos referidos prefeitos irá atingir o Brasil inteiro. Em sua opinião, “o povo cansou de estar pagando para alguém ir lá brincar, utilizando dinheiro público para fins que não trazem benefícios à população”, disse o edil, alertando que o Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras estão falidas. “Tem que acabar com esse negócio de estar investindo bilhões de reais em carnavais e micaretas, em detrimento da educação”. Em seguida, Edvaldo fez um apelo ao prefeito José Ronaldo (DEM) para reduzir o repasse de recursos da Prefeitura para a Micareta de Feira, a fim que a verba da educação, saúde e segurança seja ampliada. A mesma solicitação foi feita ao governador Rui Costa (PT) e ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), em relação ao carnaval. “Governo do Estado não tem que botar dinheiro no carnaval não, prefeito não tem que botar dinheiro no carnaval não. Quem quiser fazer suas festas, que faça do seu bolso”, declarou o pepista, defendendo a privatização do carnaval.