Na sessão ordinária desta segunda-feira (11), na Casa da Cidadania, o vereador Roberto Tourinho (PV) demonstrou indignação com o desvio de finalidade de algumas unidades do Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, os edis são constantemente questionados por populares sobre os critérios estabelecidos para a contemplação das unidades. “Hoje me proponho a tratar deste assunto porque sei que é preocupação de todos. É inegável a importância do Programa Minha Casa Minha Vida para o povo brasileiro. Lula o criou com a intenção de oferecer aos mais carentes o direito a uma casa própria. Eram milhões de pessoas que nasciam e morriam sem realizar o desejo da casa própria, do teto, do lugar para repousar com a família e esses residenciais foram sendo construídos ao longo dos anos. E em Feira de Santana muitos foram construídos, porém, estamos vendo que estes residenciais estão sendo desviados com a leniência da Caixa Econômica Federal e a conivência do Município”, observou Tourinho. Segundo o edil, em Feira de Santana várias unidades estão fechadas e muitas alugadas, o que não é permitido pelo Programa. “Muitas pessoas estão transformando suas unidades em bares, botecos, depósitos, mercadinhos e todo tipo de atividade que afronta a finalidade do Programa. Sem falar no crime com a venda das unidades e a criminalidade, porque muitos residenciais se tornaram favelas, onde o crime impera”, disse. Tourinho também repercutiu uma reportagem publicada no Jornal Folha do Estado, onde o secretário Municipal de Habitação, Eli Ribeiro, afirmou que não irá tolerar irregularidades no Programa. “Parabéns ao secretário. Ele disse isso na entrega do Residencial Campo Belo, onde foram entregues 888 unidades. Porém, entendo que o Poder Público tem que agir e a Caixa Econômica Federal precisa cumprir seu papel, assim como a Secretaria de Habitação e o Ministério Público. O Poder Público precisa cumprir o que determina a Lei”, pontuou. Para finalizar, Tourinho revelou que os vereadores são constantemente cobrados por mães de famílias desempregadas e com filhos menores não contempladas pelo Programa. “Elas nos procuram para dizer que estão inscritas há anos no Programa e ainda não foram contempladas, enquanto há unidades fechadas ou com a finalidade desviada. Elas dizem isso com razão”, avaliou.