O deputado estadual Targino Machado (PPS), em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia desta segunda-feira (16), demonstrou indignação ao pedido de habeas corpus feito pelo secretário de Segurança Pública Mauricio Barbosa ao Tribunal de Justiça da Bahia, no intuito de barrar o andamento da investigação aberta pelo MP-BA contra o secretário por suposta infração penal e ato de improbidade administrativa. O parlamentar questionou o governador Rui Costa por ainda manter Maurício Barbosa como secretário da pasta, justificando que, para ele, "o mister de secretário de Segurança Pública deve ser exercido por alguém escolhido a dedo, para tomar conta não só do orçamento anual de mais de 5 bilhões de reais, mas para tomar conta de um patrimônio muito mais valioso que são as nossas vidas e de nossas famílias". Targino seguiu seu discurso dizendo que todas as empresas tem critérios para contratação de funcionários e que os critérios por ele utilizados para contratar seus funcionários são mais rígidos que o governador para contratar os seus secretários. "Eu exijo sempre que os candidatos tenham reconhecida capacidade para atividade a que se propõem, tenham conduta ilibada com honra, honestidade e que ajam conforme os preceitos da moral e dos bons costumes. Posso contratar um funcionário que esteja sendo investigado em algum inquérito, porque o investigado não é culpado, mas se souber que ele está agindo para dificultar a investigação, não facilitarei, pois entendo que quem deve não teme nenhuma investigação. E se o candidato está sendo investigado em inquérito policial ou do Ministério Público e está agindo para prejudicar a investigação, não tem chance de trabalhar comigo. E agora pergunto ao governador Rui Costa: O que será que Maurício Teles Barbosa, secretário de Segurança Pública por dez anos, tem a esconder do Ministério Público da Bahia? Eu só quero crer que o governador está sendo chantageado para manter este moço como secretário de Segurança Pública que nada produz, só acumulando resultados negativos à frente da Secretaria. Para contratar meus funcionários sou mais exigente que o governador para nomear secretário de Estado, pois Maurício Barbosa não serviria para ser meu auxiliar de vaqueiro. No Estado da Bahia não existe segurança pública", concluiu.