A influência do eleitorado evangélico pode reduzir a margem de conforto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial e ampliar a vantagem do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e de Marina Silva (Rede), de acordo com pesquisa do instituto Datafolha realizada no final de setembro. Ele obtém ao menos 35% das intenções de voto no panorama geral dos cenários, mas vai a 29% em uma simulação só com evangélicos em sondagem estimulada (quando são exibidos cartões com nomes de candidatos. Católicos ainda são a maioria no país, mas o número vem diminuindo – de 90% nos anos 1980, passaram a 52%. Os evangélicos representam a segunda maior parcela, com 32%. No primeiro quadro, sem Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Lula lidera com 36% (32% se considerando só os evangélicos), seguido de Bolsonaro com 16% (subindo para 21% entre os evangélicos) e de Marina, que tem 14% na parcela geral e 17% entre os evangélicos. No cenário 2, sem o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) e sem Ciro, Lula obtém 35% (geral) e 29% (evangélicos). Bolsonaro melhora o desempenho, com 17% (geral) e 22% (evangélicos); e Marina fica com 13% e 17%. No cenário 3, sem Lula e Alckmin, Marina lidera com 23% (27% entre evangélicos), seguida por Bolsonaro, com 18% (23% entre evangélicos). João Doria obtém 10% (9% no meio evangélico), quase a mesma pontuação que Ciro (10%;8%). Nesta consulta, que entrevistou 2.772 pessoas em 194 cidades, entre os dias 27 e 28 de setembro; Lula tem a maior rejeição: 42% no total, 46% se considerados somente evangélicos. Bolsonaro é rejeitado por 33% do eleitorado, mas menos rechaçado entre evangélicos (27%). O mesmo acontece com Marina (26%; 21%). No caso de Alckmin, o patamar é semelhante (31%; 28%); assim como Ciro (27%; 27%), Doria (25%;22%), Fernando Haddad (29%; 29%) e Rodrigo Maia (30%; 30%). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. (Informações do BN)