A obrigatoriedade de contratação de tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelo Estado consta do projeto de lei da deputada Ângela Sousa (PSD). Caso a matéria seja aprovada, os profissionais contratados deverão atuar em eventos oficiais, sendo permitida sua participação em eventos privados desde que exista interesse público e compatibilidade de horários. “No projeto impõe-se como necessária a política de inclusão e providência de natureza afirmativa, reforçando e dando concreção à Constituição Federal, que assegura, em inúmeros dispositivos, direitos às pessoas com deficiência”, justificou a parlamentar. Ainda de acordo com Ângela, é preciso que as oportunidades, a igualdade e a facilidade de acesso à informação saiam do campo da teoria e se tornem realidade na vida de todos. “E o profissional de Libras é um instrumento para obtenção desse objetivo, vez que possui conhecimento importante, integrador e de relevante interesse público. Inclusive, quando se inclui neste projeto a possibilidade de participação em eventos privados. Trata-se de uma clara intenção do Estado de incentivar a eliminação de barreiras na comunicação”, afirmou a deputada. Segundo o projeto, o intérprete de Libras, que tem como função ser o canal comunicativo entre o ambiente e a pessoa com problemas auditivos, é servir como tradutor entre pessoas que compartilham línguas e culturas diferentes.