Após decisão da Justiça do Trabalho, o governo publicou na última terça-feira, 10, uma nova versão com dados atualizados da
lista suja do trabalho escravo. Segundo informações do Estadão, o documento traz como novidade a inclusão de 34 nomes entre empregadores que submeteram seus funcionários a condições análogas à escravidão. No total, a nova lista conta com 166 empresas. A CSO Engenharia, empresa de Feira de Santana, aparece na lista por conta de irregularidades encontradas na obra Parque dos Coqueiros, no bairro Asa Branca, em uma ação fiscal realizada em 2013. Na época, a empresa chegou a ser
alvo de uma ação no Ministério Público do Trabalho. Os trabalhadores resgatados pelos fiscais trabalhavam em um canteiro de obras onde estava sendo erguidas 540 unidades habitacionais do projeto Minha Casa Minha Vida. Parte dos operários, que havia sido arregimentada em outros municípios – Serrinha, Tucano e Teofilândia –, vivia em alojamentos sem água potável nem locais reservados para a guarda de alimentos, que ficavam expostos. Por falta de banheiros, eles faziam as necessidades fisiológicas no mato. A lista é compilada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e publicada no site do Ministério do Trabalho. A divulgação aconteceu apenas após decisão da 11ª Vara do Trabalho de Brasília que no dia 29 de março obrigou a pasta a dar publicidade aos dados atualizados. O governo tinha até o dia 27 deste mês para cumprir a decisão. O descumprimento implicaria em multa diária de R$ 10 mil. A decisão foi proferida como cumprimento de sentença transitada em julgado em setembro de 2017, que na época determinou a atualização da lista.Os 34 nomes incluídos na lista foram responsáveis por 269 trabalhadores em situação análoga a de escravo.