“O governo Rui Costa vem impondo aos professores das universidades estaduais o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos”, declarou o deputado estadual Carlos Geilson (PSDB). De acordo com o parlamentar baiano, os professores vem sofrendo com a enorme defasagem nos salários do funcionalismo e com os sucessivos cortes nos orçamentos das quatro universidades estaduais, impostos pelo governo e que vêm afetando o funcionamento regular das instituições e sucateando suas instalações. Os docentes da Universidade do Estado da Bahia, a UNEB, por exemplo paralisaram as atividades por cinco dias, em protesto contra o descaso com que o governo Rui Costa vem tratando às instituições. “Na Universidade Estadual de Feira de Santana, a minha querida UEFS, onde me formei em Letras, e onde estão atualmente matriculados quase 10 mil alunos, o corte foi superior a 10 milhões de reais, só no primeiro semestre. E se a situação não for revertida, a UEFS fechará o ano com um corte orçamentário superior a 20 milhões de reais”, protesta Geilson. “Tanto os professores, como todo funcionalismo público vem amargando perdas salariais, resultantes da recusa do Governo do Estado em pagar a recomposição inflacionária dos últimos três anos. Problema, que afeta todos os cerca de 270 mil servidores estaduais”, afirmou o deputado. Os estudos do Dieese mostram que, para retomar o patamar do início de 2015 é necessária uma recomposição salarial de 21,1%. E, conforme nota publicada pela ADUNEB (Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia), apesar de o governo frisar que os cortes e contingenciamentos são necessários devido à crise financeira e a necessidade de se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), na prática, os números da economia da Bahia mostram boa saúde financeira. Dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), evidenciam que o estado fechou 2017 com alta de 0,4% na economia.