O ato de “rebeldia” do candidato do Democratas ao governo da Bahia, José Ronaldo, em declarar apoio ao Jair Bolsonaro, candidato do PSL à presidência da república tem muito mais significados do que os vistos à primeira vista. A atitude de Ronaldo visa deixar claro ao presidente do Democratas e prefeito de Salvador, ACM Neto, que ele não é seu liderado. O ex-prefeito de Feira mostrou ainda que pretende ser um dos representantes de Bolsonaro na Bahia, caso o capitão vença as eleições. ACM Neto estava “guardando” o apoio para o candidato do PSL somente para o 2º turno e com a atitude de Ronaldo perdeu grande parte do poder de “barganha” que teria em eventual negociação política. ACM Neto, como todo “Magalhães”, não gosta de ser contrariado nem desafiado. Mas diante do papelão que fez ao desistir de última hora e empurrar Ronaldo numa “barca furada” sem o apoio prometido – tanto político, quanto financeiro – não poderia esperar nada diferente do que o ocorrido. Por fim, fica a lição para o menino Neto, que apesar de ser uma liderança, aprendeu nessa eleição que não se menospreza 50 anos de experiência política.