“Não há dúvida do quadro extremamente grave da segurança pública no Ceará. Mas isto não autoriza o governador Rui Costa a desfalcar a Bahia de dezenas de militares e encaminhá-los para o Estado vizinho, reduzindo ainda mais um contingente que já é insuficiente nas nossas cidades especialmente Feira de Santana”. O comentário foi feito pelo prefeito de Feira, foi Colbert Martins Filho (MDB), a propósito da decisão de Rui de enviar uma tropa da PM baiana para socorrer o Ceará, que vive uma onda de ataques a equipamentos públicos por parte do crime organizado. O gestor da maior cidade baiana lembra os números da violência em Feira, que, segundo ele, de há muito carece de uma ação mais efetiva do Estado no reforço do policiamento. “Observamos que falta vontade política do governador em atender aos apelos da população de Feira, que clama por mais policiais, mas sobra vontade para ajudar um correligionário petista dele (o governador cearense Camilo Santana), embora tropas federais já houvessem sido destacadas para a missão”. Enquanto isso, de acordo com Colbert Martins Filho, de acordo com as estatísticas do conceituado repórter policial Aldo Matos, da Rádio Sociedade de Feira, o município registrou em 2018 nada menos que 368 homicídios, incluindo aí 13 latrocínios (roubo seguido de morte). Foram 28 mulheres entre as vítimas. Além de milhares de assaltos a mão armada, dezenas de estupros e sequestros relâmpagos. Para o prefeito, Rui Costa dá uma demonstração de que está preocupado com Fortaleza e, mais que isto, com o seu correligionário governador do Estado vizinho. “Mas e Feira de Santana, como fica?” questiona. (Política Livre)