Na sessão ordinária desta terça-feira (23), na Câmara Municipal de Feira de Santana, o vereador Roberto Tourinho (PV) denunciou que a unidade do Atakadão Atakarejo inaugurada na avenida José Falcão cobriu o canal de macrodrenagem existente no local para construção do estacionamento. O parlamentar disse que a cobertura do canal, construído na década de 80, é irregular. Ele explicou que, no ano passado, durante a construção do supermercado seu colega Marcos Lima (Patriota) denunciou o caso na tribuna da Casa. “Eu era presidente da Comissão de Obras e Meio Ambiente e fui junto com vários vereadores verificar a situação. Vimos que o canal estava sendo coberto e questionamos. Quando saímos de lá fomos até o secretário de Desenvolvimento José Pinheiro, ele disse que não foi liberada a cobertura do canal de macrodrenagem. Pasmem vocês, quando voltamos a empresa acompanhados do secretário não permitiram nossa entrada. Ele assegurou que iria interditar a obra”, explicou. Tourinho salientou que a vinda de novas empresas e a consequente criação de novos postos de trabalho é benéfica para a cidade. Mas que as mesmas devem respeitar e cumprir as leis do Município. “Não podemos permitir que se instalem à revelia. Que a empresa chegue e faça o que quiser. Isto só acontece em cidade que não tem prefeito”, reclamou. O parlamentar informou que atualmente a cobertura de canal de macrodrenagem não é indicada, pois aumenta a proliferação de bactérias, entre outros problemas. “Agora vejo uma foto do prefeito Colbert Martins e do ex-prefeito José Ronaldo na inauguração desta empresa, que anexou irregularmente uma área pública para construção de seu estacionamento. Feira parece que é terra de ninguém, as empresas fazem o que querem”, lamentou. Em aparte, o presidente do Legislativo, vereador José Carneiro, enfatizou o fato da comissão de parlamentares e do secretário José Pinheiro terem sido proibidos de entrar para verificar a construção. Ele acrescentou que na última semana a Comissão de Obras, Urbanismo, Infraestrutura Municipal, Agricultura e Meio Ambiente, após denúncia, foi verificar a construção de uma pista de desaceleração em uma Área de Preservação Permanente, que afeta a nascente da Lagoa Subaé.