Desde 1824, a conquista da liberdade, no 2 de Julho, é comemorada pelo povo baiano com o desfile que sai da Lapinha até o Campo Grande, em Salvador. Os carros do caboclo e da cabocla são cortejados por milhares de pessoas, que celebram a expulsão dos últimos portugueses do Brasil. Este ano, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e governador em exercício, João Leão, representou o governador Rui Costa no hasteamento da bandeiras, na homenagem ao general Labatut e na saída do cortejo. "O 2 de Julho é um dia muito importante para a Bahia e o Brasil. É uma data que marca o coração dos baianos. É uma felicidade grande ver esse povo reunido, comemorando", afirmou Leão. Com as sacadas das casas enfeitadas e ruas cheias, a festa reúne todos os elementos da luta pela libertação da Bahia e do Brasil da dominação portuguesa. Entre os personagens históricos homenageados, Maria Quitéria é lembrada por pessoas como a dona de casa Romilda Anunciação. "Eu saio vestida de Maria Quitéria há 39 anos. Venho desde pequena, quando minha tia me trazia. Minha história de luta tem tudo a ver com Maria Quitéria. Ela é uma guerreira e eu também sou. Ano que vem, estarei aqui novamente", disse. Os povos indígenas também estão representados no figurino do casal Antônio Brandão, guia de turismo, e Ivanete da Silva, promotora de eventos. A história do Brasil é revisitada. "No 2 de Julho, o povo é representado por ele mesmo. Então, nada melhor que a gente representar as pessoas que lutaram, como os índios e escravos", destacou Antônio.