“A ansiedade de criar um clima artificial de vitória faz o governo estadual cooptar os adversários para tentar vencer as eleições, mas é preciso combinar com o povo, saber se o eleitor aceita que o governo deixe de lado suas obrigações com a segurança pública, saúde e educação, e só se dedique a fazer política para se manter no poder”, desabafo do presidente estadual do Democratas e pré-candidato a governador Paulo Souto, em entrevista à Rádio O Povo, de Ribeira do Pombal, nesta terça-feira (16). Para Souto, as adesões e alianças com objetivos apenas eleitorais resultam em desfechos negativos, como a que o PT fez com o PMDB, em 2006, para a disputa do governo do estado. “Agora PT e PMDB estão brigando. A aliança não deu certo”, ressalta. Na opinião do presidente do Democratas, as alianças precisam ser em torno de programas, não por troca de cargos e verbas, com vistas à eleição. “Estamos em aliança com o PSDB, conversamos com o PPS e o PR, com o propósito legítimo de formarmos uma frente para lutar pela recuperação da liderança da Bahia no Nordeste, que vem sendo perdida”, provoca.