O atendimento no maior hospital do interior da Bahia está na UTI. Os médicos que trabalham no Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, estão com os salários atrasados e podem suspender o atendimento na unidade a partir da próxima semana. O problema vem se arrastando desde julho e se agravou essa semana após os profissionais serem convocados por representantes da Sesab e pelo deputado estadual Zé Neto (PT) para uma reunião que não aconteceu. Um grupo de médicos deve se reunir na próxima terça-feira (19) para definir um prazo para que a Sesab pague os atrasados, caso contrario, o hospital corre o risco de parar. Usando a pior das metáforas: o estado é grave.

Quem acreditava que o caso do uso indevido da UTI móvel do Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA) estava esquecido, enganou-se. O Ministério Público, através da promotora  de justiça Luciélia Silva Araujo Lopes começou colher o depoimento das partes envolvidas no caso.  A primeira a depor foi a mãe da paciente que precisou da ambulância para ser transferida com urgência para Salvador, mas teve o pedido negado porque a UTI móvel estava sendo utilizada em uma festa particular na cidade de Nova Fátima. O caso veio à tona através do vereador Getulio Barbosa (PP) que fez a denúncia na Câmara, exigindo explicações ao diretor administrativo do hospital, Vinicios Lomanto, apontado como o responsável pela liberação da ambulância para servir a uma festa particular.

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O vereador-segurança, Tom da Rua Nova, que ironicamente é um dos maiores críticos da falta de segurança em Feira, desta vez deu uma variada. O edil reclamou do péssimo atendimento oferecido no Hospital  Geral Clériston Andrade. Segundo ele, ao visitar uma paciente internada na unidade, foi obrigado a fazer o trabalho de auxiliar de enfermagem por falta de pessoal. “Uma vergonha”, bradou.

Enquanto isso, um diretorzinho patético continua por aí arrotando grandeza e mamando na “teta” dos outros. Um dia o leite seca.