Na tarde do dia 14 de abril aconteceu uma legítima manifestação promovida pelas entidades e movimentos que subscrevem esta nota. Durante a manifestação os manifestantes ocuparam a SMTT, pois a reunião do Conselho Municipal de Transporte acontecia a portas fechadas, contrariando a legislação que regulamenta o conselho.

O objetivo do ato foi impedir que o reajuste da tarifa acontecesse num período de festivo e sem debate. A tarifa do transporte coletivo em Feira de Santana não condiz com a realidade econômica da cidade, muito menos com a qualidade do serviço prestado.

Consideramos que desrespeitar a democracia é aumentar a tarifa sem nenhuma discussão ou debate público com a sociedade. Que motivos levam o secretário de transportes a convocá-lo na véspera da Micareta? Onde está a democracia nisso?

Como agravante, o presidente do Conselho, Flailton Frankles, logo na sua abertura, informou aos conselheiros presentes que não iria acatar a recomendação do Ministério Público da não apreciação do item III da pauta, que dizia respeito a avaliação da planilha tarifária.

Um eventual aumento da passagem beneficiará apenas um grupelho, na realidade os donos das duas empresas que operam na cidade.  Os participantes da manifestação representaram toda sociedade feirense, que não pôde participar do ato devido ao período da reunião.

Reafirmamos o nosso compromisso com o transporte público, acessível e de qualidade. Violentar a democracia é prejudicar toda a população, ao aumentar a tarifa, em beneficio dos empresários do SINCOL.

O acontecimento foi uma vitória da sociedade feirense que poderá brincar a Micareta sem ser surpreendida por passagens mais caras na volta para casa. Mas, deixamos claro que a reunião para debater o aumento ainda vai acontecer. Devido a isso, solicitamos que toda sociedade fique atenda e se manifeste contra o aumento abusivo da tarifa de transporte público da cidade.

Movimento Levante (UEFS), Associação Municipal dos Estudantes (AMES), Grêmios dos Colégios: Gastão, Teotônio, Assis, Luis Eduardo e pelas comissões do ECASSA, Carmem Andrade e Imaculada Conceição; Associação Baiana dos Estudantes (ABES), União da Juventude Rebelião (UJR) e Movimento de Luta nos Bairros (MLB). Com apoio dos vereadores: Angelo Almeida (PT), Marialvo Barreto (PT), Roberto Tourinho (PSB) e Getulio Barbosa (PP). Além do advogado, André Marques.